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Aumento das concentrações de GABA durante isquemia cerebral seria uma explicação para o sono eterno de alguns pacientes no pós tratamento de aneurismas cerebrais?

2/16/2012

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_                                                                                                                                                                             Flavio Monteiro, MD

Alguns pacientes que desenvolvem HSA aneurismática podem apresentar complicações relacionadas à própria HSA como hidrocefalia e vasoespasmo, porém tratamentos como clipagens e embolizações podem induzir isquemia secundária com uma de suas complicações também. O fato é que muitos destes pacientes, em geral do sexo feminino e mais idosos, evoluem com um estado de "hipersonia", se assim podemos chamar, que acaba contribuindo negativamente no prognóstico.
A sonolência demasiada que com o passar do tempo só se agrava é um dos principais motivos que levam estes pacientes a serem traqueostomizados em alguns casos devido à ventilação mecânica prolongada, em outros devido à prórpia incapacidade de proteção de suas vias aéreas. A imobilidade, um outro fator preocupante, inexoravelmente submete estes mesmos pacientes à tetraparesia do doente crítico, predispõe a inúmeras infeccções, aumenta o tempo de permanência do paciente na UTI e possivelmente aumenta a mortalidade. Por sinal, este perfil de paciente tem sido um dos nossos maiores desafios na unidade de suporte avançado em neurocirurgia do Hospital da Restauração, USAN. Uma das possíveis explicações para este estado de "bela adormecida" seriam as altas concentrações de GABA, um indutor do sono, produzido por eventos isquemicos subsequentes nestes pacientes. Um estudo, que foi publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry em 2002 por P J Hutchinson et al mostrou justamente isso : Increases in GABA concentrations during cerebral ischaemia: a microdialysis study of extracellular amino acids, o que foi que ele fez? Em 12 pacientes, onde 05 eram portadores de HSA e 07 de TCE, foram instalados sondas  (como as mostradas na foto abaixo) para dosagens de neurotransmissores usando a técnica de microdiálise, medição da PIC e Neurotrend. O resultado foi que, não apenas os excitoneurotransmissores se elevam na lesão isquêmica, mas também o GABA que em 06 pacientes chegou a ficar 1350 vezes o valor basal. Isso sugere um efeito "neuroprotetor endógeno", que tenta se contrapor aos efeitos excitotóxicos mediados pelo aspartato e pelo glutamato mas não explica ainda a sonolência dos pacientes per se... independentemente, este trabalho abre portas para pesquisas nesta área: seria este o caminho a ser estudado no sentido de tentar solucionar este problema? Fica ai a dica ciêntifica para nossos estudantes interessados em neurointensivismo e neurociências.

Picture
Triple lumen cranial access device transmitting the intracranial pressure transducer, microdialysis catheter and Neurotrend sensor into the cerebral parenchyma J Neurol Neurosurg Psychiatry 2002;72:99-105 doi:10.1136/jnnp.72.1.99










Um bom cientista é antes de tudo um simples curioso, não um vaidoso ~ Flavio Monteiro.


veja o artigo aqui neste link:

http://jnnp.bmj.com/content/72/1/99.full




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Jeremy Swan e William Ganz

11/13/2011

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                                                                                                                                               por Flavio Monteiro e Fernando Ramos

Em 1970 os 2 autores acima (Jeremy Swan e William Ganz) publicaram no NEJM um trabalho pioneiro  que revolucionou a medicina intensiva. Pela primeira vez foi possível se cateterizar a artéria pulmonar, à beira do leito, de forma segura e com reduzido índice de complicações. O cateter de artéria pulmonar permitiu também um melhor conhecimento da fisiopatologia dos estados agudos de disfunção cardiovascular e choque de qualquer etiologia. O cateter inicial, com apenas dois lúmens, como vocês podem conferir nas imagens acima, é bem diferente dos modernos e multiparamétricos cateteres utilizados atualmente, porém utiliza como base os mesmos princípios do original, que possuía um balão insuflável em sua ponta e por isso era possível introduzi-lo até a artéria pulmonar sem a necesidade de fluoroscopia (laboratório de hemodinâmica comumente usados hoje em dia para cateterização coronariana) para visualizacao direta. Através deste artificio, foi possível aferir-se diretamente a pressão de oclusão da arteria pulmonar  (PAOP), uma estimativa da pressão atrial ESQUERDA, pressão de enchimento do atrio esquerdo ou pré-carga atrial esquerda. O trabalho inicial descreveu a passagem do cateter em 37 pacientes criticos e em 33 pacientes submetidos a cateterismo cardiaco, deixando claro que se tratava de um método relativamente simples e seguro o suficiente para ser usado à beira do leito. Cabe ser ressaltado que procedimentos à beira do leito são os mais adequados à logistica de uma unidade de suporte avançado, sobretudo quando se refere aos pacientes graves e instáveis, uma vez que a remoção dos mesmos aumenta em muito os riscos de complicações e intercorrências. Após o advento do cateter de artéria pulmonar, também conhecido como cateter de Swan-Ganz, surgiu o ramo da medicina intensiva que hoje é tema de muitos investimentos e discussões quanto ao seu real benefício pela comunidade científica, a monitorização hemodinâmica invasiva.

O Dr Jeremy Swan faleceu em 2005 aos 82 anos de causas naturais. O  Dr William Ganz faleceu em 2009 aos 90 anos, tambem de causas naturais.

Consulte o Artigo Original no link abaixo:


Referência: Swan HJC, Ganz W, Forrester J, Marcus 1L Diamond G, Chonette D. Catheterization of the heart in man with use of a flow directed balloon-tipped catheter, NEngl
J Med 1970; 283: 447-451

swan-ganz_-_artigo_original.pdf
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Oximetria de Pulso: Uma nova forma de monitorização

8/18/2011

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No dia 2 de Junhode 2011, a Masimo anunciou o lançamento no mercado do 1º sensor de orelha de uso único para monitorização da oximetria de pulso. A orelha é utilizada com alguma frequência, como local alternativo para a medição da saturação periférica de oxigénio, nas situações em que a medição digital é impraticável, como no caso dos doente agitados ou nas situações em que a perfusão periférica está muito diminuída, o que torna os valores obtidos pouco confiáveis. Face aos dispositivos digitais e mesmo à medição no lóbulo da orelha, este permite a detecção precoce de variações da SpO2, em situações em que haja uma diminuição da perfusão periférica, como por exemplo na sedação ou na utilização de fármacos vasoconstritores. O fato de serem de uso único (descartável) traz inúmeras vantagens no que toca ao controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde.


Segundo Daniel Davis, um dos colaboradores deste projecto: “The Masimo E1 ear sensor is an ideal monitoring site solution for multiple clinical applications. With it, signal detection is optimized in low perfusion states (sepsis, hemorrhage, hypothermia) and in the presence of peripheral vascular disease. In my experience, the E1 ear sensor detected hypoxemia up to 2-3 minutes sooner, which is critically important during airway management, resuscitation, and inpatient apnea/hypopnea episodes. Additionally, the ear site is more accessible and offers distinct advantages when traditional peripheral monitoring sites are unavailable due to trauma or injury, are swollen and do not easily fit into a digital sensor, or are inaccessible due to drapes, bandages, and dressings”.

Professor of Clinical Emergency Medicine, and Director of the UCSD Center for Resuscitation Science in San Diego, California



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    Dr. Flavio Monteiro  de Oliveira Jr, Médico intensivista da USAN
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    Dr. Fernando Ramos Gonçalves, Enfermeiro intensivista da USAN.


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