A ARDS surge como uma consequência da lesão pulmonar devido à resposta inflamatória do hospedeiro e libertação incontrolada dos mediadores inflamatórios. Desta lesão resulta a destruição da barreira alvéolo-capilar e consequente excesso de líquido no interstício e no espaço alveolar. Ocorrem, assim, redução das trocas gasosas, da complacência pulmonar (pulmão duro) e aumento da pressão arterial pulmonar.
O enfermeiro, como elemento da equipa multidisciplinar, é aquele que mais tempo permanece junto do doente e aquele que se encontra numa posição privilegiada na prestação de cuidados. Entre o suporte ventilatório e cinesioterapia respiratória, surge uma outra terapia que se tem revelado eficaz, embora ainda sem evidência suficiente, o posicionamento intermitente em decúbito ventral (Intermittent Prone Position). Esta, apresenta resultados satisfatórios, na medida em que:
- melhora as trocas gasosas;
- torna a ventilação alveolar mais uniforme;
- proporciona o recrutamento alveolar nas regiões dorsais;
- melhora a drenagem postural;
- melhora a Redistribuição da perfusão para zonas pulmonares dependentes, edematosas